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EFI Connect 2019 destaca poder da impressão digital têxtil
A EFI aproveitou a vigésima edição do EFI Connect para mostrar como a impressão digital têxtil invadiu a indústria de tecido e como ela pode se encaixar em diferentes aspectos e demandas de mercado. Duas apresentações deixaram este conceito bem claro: a primeira com profissionais do Cirque du Soleil e a segunda com uma estilista de 15 anos, ambos aproveitando as possibilidades trazidas pela tecnologia de estamparia digital. O EFI Connect aconteceu em janeiro na cidade de Las Vegas, nos Estados Unidos. A Desktop acompanhou o evento a convite da EFI.
Durante o Connect, Olivier Gariépy e Michel Savoie, do Cirque du Soleil, mostraram como criatividade e tecnologia andam juntas nas produções do figurino das apresentações da companhia tanto em Las Vegas, onde eles possuem shows fixos, como por todo o mundo nas peças itinerantes.
Os profissionais mostraram a história e a estrutura do Cirque du Soleil. Com base em Montreal - Canadá, são 1300 profissionais trabalhando nas instalações, sendo uma boa parte atuando na loja de fantasias. São 4,5 mil figurinos usados por 1,3 mil artistas ao redor do mundo. Aliás, a produção vai além: a base do Cirque du Soleil produz figurino até para produções cinematográficas, como Homem Aranha e Aquaman.
O avanço na tecnologia de produção de materiais de vestuário trouxe mudanças significativas para o Cirque du Soleil. As novas soluções de corte e a impressão por sublimação fizeram com que as roupas pudessem se adaptar a cada artista de forma individual, trazendo uma maior flexibilidade para que ele possa fazer sua performance com mais conforto e segurança.
Há outros benefícios com a sublimação, como a facilidade no caso da troca de artista. Com a impressão digital, basta seguir o padrão (pattern) do fantasia do personagem e fazer a impressão exatamente para este novo profissional; independente deste novo membro ser mais alto ou baixo, o padrão de sua roupa vai seguir o dos demais, sem atrapalhar a harmonia do figurino geral.
Porém, o que mais chamou a atenção para o time do Cirque du Soleil foi o novo mundo oferecido pelo software 3D Optitex, da EFI. Com ele, os projetos mais imaginativos e criativos conseguiram sair do papel, permitindo os protótipos mais exatos possíveis, com todas as medições de variáveis. Em um mundo onde o figurino precisa ser milimetricamente perfeito e exaustivamente testado, ter um software como este agilizou muito o trabalho em Montreal.
Jovem estilista usando o digital
Se as novas gerações são hiperconectadas, não seria diferente com os jovens que vão entrar no mundo da moda. Eles vão demandar também por tecnologias que atendam suas necessidades e estejam dentro de seu mundo. É o caso da jovem estilista Ariel Swedroe, de apenas 15 anos, que vem fazendo sucesso com suas criações, sempre apoiada pela impressão digital.
No EFI Connect, a jovem artista falou como as impressoras têxteis digitais lhe ajudam a manipular o tecido da forma que ela deseja, e como o software mostra exatamente como sua criação vai ficar fora do papel e da tela. Ela também relatou que o digital faz com que pequenos fabricantes como ela possam imprimir seus próprios tecidos e fazer as vendas, trazendo inclusive uma pegada mais sustentável ao projeto. Ao final, o palco do EFI Connect transformou-se em um desfile de moda para apresentar as criações de Ariel Swedroe, que explicou o conceito das peças.
Transformação com a EFI Reggiani
Dentro das coletivas de imprensa do EFI Connect 2019, Adele Genoni, VP/GM EFI Reggiani, falou sobre as novidades da linha EFI Reggiani para a indústria têxtil. Desde a aquisição, a EFI trouxe muitas inovações para a linha, voltada tanto para a indústria de vestuário como também para o soft signage e outros setores.
Para Adele, “o digital é o caminho para o futuro da impressão têxtil, pois ele permite anunciar as tendências ao mercado”, citando também outros fatores que fazem do têxtil digital importante, como a personalização para dar poder ao consumidor, a facilidade nas compras online para impulsionar a produtividade, o uso do digital para os mercados de fast fashion, vestuário esportivo e outros. O têxtil entra ainda no mercado de luxo e no Home Design.
A executiva lembrou que, atualmente, a moda está mudando muito mais rapidamente do que as “coleções por sessão” de antigamente. Com o fast fashion, tudo é trocado de forma veloz e as roupas precisam estar no menor prazo possível nas vitrines. O digital vem para atender esta tendência e colaborar nas questões de sustentabilidade, com menor gasto de energia e água, diminuindo perdas. Outra tendência é a “mudança geográfica” da moda, com novos mercados crescendo e a moda cada vez mais próxima dos clientes.
Adele passou em sua apresentação pelos mais de 70 anos de história da Reggiani, quase 20 deles no digital. A empresa não para de anunciar inovações e a mais recentes delas foi a EFI Reggiani BOLT, lançada em novembro de 2018 na Itália para 300 profissionais da área. É a primeira impressora digital de passada única da linha. O equipamento chega a 90 metros por minuto, sendo uma combinação de tecnologia digital e rotativa para efeitos especiais e soluções híbridas.
O ano de 2018, aliás, foi de boas notícias para a EFI Reggiani. Foram mais de 60 novos clientes, chegando à milésima máquina digital vendida pela companhia. Foi também o ano da maior negociação da história da EFI Reggiani. Agora, são mais de 900 impressoras digitais instaladas e 2,6 mil analógicas por todo o mundo. Com a integração do Fiery, Optitex e Reggiani, foi formada uma forte plataforma têxtil.
Além da Bolt, outros equipamentos foram lançados ou aprimorados. A EFI Reggiani Power oferece alta produtividade. Com um sistema melhorado de recirculação de tinta, a impressora traz versatilidade superior para gerenciar uma maior variedade de tintas.
A Reggiani Colors conta com até 12 cores, trazendo maior profundidade de cor e maior qualidade de impressão, elevando as capacidades para o profissional criativo. Por fim, há a Reggiani Terra, impressora que traz um processo que elimina etapas após a impressão, com a tecnologia de pigmento mais amigável ao meio ambiente.
Adele encerrou falando do que o futuro reserva para a EFI Reggiani e para a indústria de impressão digital têxtil: maior qualidade de impressão, alta produtividade, processos mais “verdes” e um workflow integrado para entregar o mais alto valor aos clientes.
Planos para impressão digital têxtil
Em entrevista durante o EFI Connect 2019, Ernande Ramos, diretor de vendas da EFI para a América Latina, falou sobre o quanto a EFI vem trabalhando para levar soluções inovadoras e integradas ao mercado têxtil. “A EFI tem alguma frentes de investimento forte, atacando o mercado de forma agressiva. Uma delas é a parte de corrugado e outra é tecido. A EFI primeiro investiu na compra da Reggiani, e depois desenvolveu a FAbriVU para o mundo da comunicação visual, pois a Reggiani estava focada na moda. Já a FabriVU é focada em têxtil para soft signage”.
A EFI comprou ainda uma fábrica de tintas e depois o software Optitex 3D. “A EFI tem investido e visto este mundo com expectativa grande de crescimento sustentável no mínimo pelos próximos 10 anos. Os investimentos seguem e as novidades continuarão sendo lançadas”.
Ernande falou sobre o lançamento da Bolt: “Ela é um equipamento de altíssima velocidade e produção para a indústria de tecido, para moda. Vemos um grande crescimento deste mercado desde que adquirimos a Reggiani, especialmente Europa e EUA. Infelizmente, os mercados emergentes ainda não entenderam todos os benefícios de entrar no mercado de comunicação visual com tecido”.
O executivo da EFI conta que no ano passado teve boas consultas de clientes na região querendo entender mais sobre novas tendências e tecnologias. “A questão do Brasil e outros países é o fato de competir em um mercado saturado. Todos querem fazer banners, só que isso acaba tendo uma margem ínfima, então é preciso buscar mercados que te tragam mais valor agregado. Um delas é tecido. E as empresas estão vendo só os pequenos banners no mercado de comunicação visual, sendo a única mudança de vinil para tecido. Mas é preciso ir além e aliar criatividade e tecnologia. No Brasil, estamos com grande expectativa de vender a primeira neste trimestre da FabriVU 340i. O cliente vai ver a máquina em Bruxelas no Demo Center para conferir como ela funciona e tirar dúvidas técnicas”.
Ernande explica ainda que algumas empresas estão entendendo e vendo o caminho do tecido. “Quando as empresas começarem a ver os concorrentes instalarem os equipamentos e entendendo para onde estão indo, vão notar que é um mercado bom para investir. Estamos esperando o boom do mercado de tecido na América Latina em geral, e com boas perspectivas econômicas para 2019, acredito que tenhamos espaço para uma ou duas soluções de impressão digital FabriVU para o mercado de soft signage”.
Os benefícios do tecido em um mercado como comunicação visual são vastos, explica Ernande Ramos. “É preciso olhar para toda a cadeia de produção da comunicação visual e não só o custo. Quando o cliente olha transporte, reciclagem, facilidade de instalação - não precisa de tanta gente para instalar, a estrutura para instalação é mais barata, então é preciso ficar atento ao têxtil”, finaliza.
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