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Eleições municipais devem aquecer demanda do setor gráfico
Com
o início oficial das campanhas eleitorais para as prefeituras e câmaras
municipais na próxima sexta-feira, 6 de julho, os reflexos econômicos já começam a ser percebidos
pelo mercado gráfico nacional. Segundo dados do Departamento de Estudos
Econômicos da ABIGRAF Nacional (Associação Brasileira da Indústria Gráfica), as
eleições municipais de 2012 devem impulsionar o segmento promocional do setor.
A projeção é gerar um acréscimo de 15% da demanda nesse segmento no período
de campanha eleitoral municipal no país.
O
segmento promocional responde por 10,6% do total da indústria gráfica, e em 2011
sua produção foi de R$ 3,18 bilhões. A perspectiva é que o segmento cresça 11%
no ano de 2012 (janeiro a dezembro), acumulando um total de R$ 3,56 bilhões.
Fabio
Arruda Mortara, presidente da ABIGRAF Nacional, ressalta que as eleições
municipais normalmente têm impacto maior na indústria porque, para muitos
candidatos, representam a iniciação na carreira política. “Em tese, as eleições
municipais, que são o ponto de partida na carreira política, devem demandar,
proporcionalmente, mais material gráfico do que as nacionais, que tendem para o
uso da mídia eletrônica”.
Por
outro lado, o presidente ressalta que as campanhas são muito regionais e
localizadas, concentrando o trabalho nas gráficas de pequeno porte e por um
período curto, de cerca de três meses – os que antecedem as eleições. Como as
eleições serão em outubro e novembro, esse aquecimento está previsto para os
meses de julho, agosto e setembro.
Segundo dados do mercado, um vereador em campanha
costuma encomendar algo em torno de 400 faixas e mandar imprimir cerca de 100
mil santinhos. Já a mídia externa de grandes formatos não sofre tanta
valorização na eleição porque a lei federal é muito restritiva, proibindo outdoor,
placas grandes e brindes. Sobram apenas cavaletes e os estandartes móveis de 1x2
metro, que só podem ser instalados com a presença de um responsável em tempo
integral. Um candidato a vereador de São Paulo, por exemplo, costuma encomendar
uma média de mil metros quadrados desses estandartes, e mais 600 metros
quadrados de cavaletes.
Para Mortara, esse fator sazonal influenciará parcialmente o desempenho total do setor, que em 2011 registrou R$ 29 bilhões, uma vez que o segmento promocional tem uma representatividade pequena no total produzido pela indústria gráfica. Outro aspecto que também deve manter-se sem grandes alterações é a contratação de pessoal. Durante a última eleição, a ABIGRAF não registrou número significativo de vagas temporárias criadas no setor. Atualmente, a força de trabalho está estabilizada na casa dos 222 mil empregos, e a ocupação do parque gráfico é de aproximadamente 75%.
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