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KBA encerra 2013 anunciando mudanças em sua estrutura produtiva
A Koenig & Bauer (Grupo KBA) anunciou internacionalmente uma reestruturação estratégica que prevê, ainda em 2013 e ao longo dos anos vindouros, reforçar o foco em áreas-chave para a companhia em todo o mundo, como produção de impressoras e tecnologias para o mercado de embalagens, mídias não-convencionais e produção ambientalmente sustentável.
Essa reestruturação vem sendo colocada em prática através de uma série de medidas de longo prazo (denominada pela empresa de “fit@all”) sob supervisão do Conselho Diretor da companhia, na Alemanha.
Segundo nota divulgada internacionalmente pela Koenig & Bauer, as mudanças (que envolvem infraestrutura, investimento em áreas produtivas e aquisição de novas empresas) permitirão à companhia não somente diversificar o portfólio de produtos, como também alinhar a empresa às novas tendências do mercado de impressão. O maior objetivo é garantir a competitividade e rentabilidade da KBA para as próximas décadas, cujos primeiros resultados já poderão ser sentidos no campo produtivo e financeiro em 2015 e, com mais vigor, em 2016.
Como exemplo, o mercado de impressão offset plana, cuja estagnação ou redução mundial nas vendas vêm se mantendo constante nos últimos anos, e impressão rotativa, segmento no qual a redução foi de quase 70%.
Por outro lado, a KBA enxerga, conforme divulgado em nota, alto potencial em áreas que mantêm um crescimento sustentável, como impressão digital, flexografia e impressão especial (em mídias não-convencionais flexíveis ou rígidas).
Segundo Claus Bolza-Schünemann, CEO da KBA, “estamos dando início a uma reestruturação, que se destina a tornar mais fácil e viável nosso desenvolvimento como uma empresa organizada, descentralizada e altamente competitiva e flexível, oferecendo complementos aos nossos negócios-chave, principalmente em mercados que se mostram mais rentáveis”, afirmou.
O CEO da KBA prossegue: “As mudanças que estão em curso também permitirão que construamos um realinhamento sustentável para a companhia, focado em nossas perspectivas futuras. A base inicial, no entanto, é a consolidação de nossos negócios principais.”
Na prática
Na prática, a reestruturação, cujos tópicos ainda precisam da aprovação da Assembleia Geral de Acionistas em reunião marcada para maio de 2014, deixa mais claro, internamente e também para o mercado, a divisão das áreas de negócio da KBA - impressão plana, rotativa, Metal Print (metal decorativo), impressos de segurança e outros campos recentemente adquiridos pela empresa, como a Kammann Maschinenbau GmbH (serigrafia para a decoração direto de recipientes de vidro oco) e a Flexotecnica SpA (impressoras flexográficas web para embalagens flexíveis).
Especificamente para o segmento de impressão plana, otimizações serão implantadas visando dinamizar os negócios desse segmento, que passa por drásticas modificações de demanda. Isso englobará, inclusive, reestrutura nas unidades de produção e mão de obra.
Na divisão de rotativas, o novo modelo de negócio prevê a chamada “flexibilidade laboral”, ou seja, máquinas serão produzidas conforme demanda, incluindo readequação na equipe de colaboradores.
Com base nas reestruturações dessas duas unidades de negócio, a KBA anunciou, ainda, que haverá remanejamento em suas 11 unidades fabris nas cidades de Würzburg , Radebeul , Frankenthal , Mödling (Áustria) e Dobruška (República Checa) . A possibilidade de fechamento ou a eliminação de locais individuais não está excluída.
Além disso, as medidas também preveem um controle mais apurado nos gastos, impactando sobre o número de colaboradores. Segundo dados divulgados internacionalmente, entre 1.100 e 1500 postos serão afetados. Possivelmente, os plantas produtivas mais afetadas serão as de Würzburg, onde são fabricadas as impressoras rotativas comerciais e jornais, além da unidade de ModLing(Áustria), que produz os cabeçotes de alimentação das impressoras offset plana e parte das máquina para impressão de segurança. Essas duas linhas serão realocadas para outras fábricas, otimizando processos.
“São medidas que têm como meta resultados em longo prazo. Não será fácil para nós tomar certas medidas necessárias, sobretudo aquelas que impactam sobre os colaboradores. Mas são medidas necessárias para a rentabilidade da empresa”, reafirma Bolza-Schünemann.
E o Brasil?
Ainda que tenha havido desaceleração geral na indústria gráfica nacional em 2013, os resultados obtidos pela KBA no Brasil foram positivos.
No país, a companhia vive em um novo momento e está investindo progressivamente. Em setembro, anunciou o início das atividades da KBA Brasil (que aproveitou a estrutura do parceiro local da KBA, a Deltagraf), e novos investimentos em profissionais estão previstos. Além disso, segundo divulgado pela KBA Brasil, grandes projetos e clientes foram conquistados neste último trimestre de 2013, o que permite à filial brasileira entrar 2014 com 40% das metas de faturamento.
Para Luiz Cesar Dutra, diretor geral da KBA Brasil, as mudanças internacionais anunciadas pela KBA já eram esperadas e seguem uma tendência comum a todas as companhias.
“Grandes, médias e pequenas companhias devem se readequar à nova situação do mercado. E isso é a lição de casa que o Conselho Diretivo da empresa está fazendo. Decisões rápidas em curto espaço de tempo. O mundo corporativo está se tornando mais enxuto, flexível. Somente assim é possível ter agilidade para acompanhar as aceleradas mudanças tecnológicas e as demandas do mercado”, analisa Dutra. “Para se ter uma ideia de nossa agilidade, em 2012 a KBA obteve um resultado positivo, sendo pagos dividendo de 0,42 de Euros para acionistas; ficamos em 11º no ranking de empresas a registrar de marcas e patentes ficando atrás de empresas como Toyota, CaterPillar etc, e conquistamos mais de 100 clientes renomados mundialmente da concorrência”, disse Dutra.
O diretor explana que a KBA Brasil, hoje, é a opção mais segura em longo prazo. “Possuímos o melhor e maior portfólio de produtos em máquinas de imprimir, além da ampliação de nossa linha com novos equipamentos que serão vendidos a partir de janeiro”, afirma Dutra.
“Inclusive, investimentos novos estão previstos para 2014, com os quais otimizaremos o atendimento a clientes em todo o Brasil. Conforme confirmado pela própria KBA, o Brasil é um dos mercados estratégicos para o futuro da companhia, país em que possuímos grandes e importantes clientes. Dessa forma, os clientes brasileiros podem esperar apenas mudanças para melhor no que se refere à KBA e KBA Brasil”, completa.
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